O projeto Tons e Cores _ Arte e Música, está com encerramento previsto para o mês de maio deste ano, foram várias transições e momentos, sempre com o de utilizar as cores para estimular a inclusão de pessoas com e sem deficiência e em situação de vulnerabilidade social.

O conceito que envolve o tons e Cores é de que através das cores, da arte e da música é perfeitamente possível inserir pessoas de maneira que possam se conectar com outras pessoas e praticar a socialização de forma leve e divertida.

O projeto que ocorre dentro de espaços públicos ou privados que são cedidos gratuitamente para sua realização, aconteceu as sextas-feiras na instituição parceira Nova 4E situada no bairro da Mooca, zona lesta da capital paulista.

A chamada ‘ação de acolhimento’, resgatada pela a responsável Malu Brandão, contou com equipe multidisciplinar que desenvolveu as atividades da seguinte maneira: vários tecidos de diversas cores foram utilizados na condução de uma dinâmica que possibilitou que as apresentações entre os instrutores e beneficiários fossem feitas. Neste caso, a intenção era que cada pessoa presente adivinhasse o nome da outra.

Todas as atividades foram realizadas ao ar livre, em um círculo enorme, e toda a dinâmica, assim organizada, ocorreu em um clima de descontração e socialização que incluiu todos os participantes.

Na sequência, a música também ‘entrou na roda’ e foram explorados diversos sons oriundos de instrumentos e objetos também variados. Havia desde sons feitos com pentes até sons de pandeiro. Nesse momento, os participantes com os olhos fechados, recebiam uma ‘solicitação’: deviam adivinhar a origem dos sons e criar cores para eles. A criação de personagens a partir dos tecidos apresentados foi outra provocação estimulada pelos instrutores.

A organizadora das atividades, Malu Brandão, destacou o seguinte: “o fio condutor deste projeto são seres imaginários, ou seja, a adivinhação e demais elementos servem para reforçar os objetivos do Tons e Cores e despertar a imaginação. Cada beneficiário criou o seu ser imaginário, com características próprias, cor, nome, som etc.

Vale ressaltar que os organizadores do projeto também têm a intenção de mostrar aos participantes o quanto a questão da identidade pessoal está ligada aos aspectos culturais de um povo, uma região e etc. Ao utilizar a figura do ‘ser imaginário’ e estimular este aspecto, a ideia foi despertar através do lúdico, questões que podem ajudar os beneficiários a construírem novos olhares sobre a realidade em seus cotidianos.

A exploração das diversas sonoridades tanto de instrumentos musicais quanto de objetos não musicais ou a observação do quanto as cores dos tecidos, embora sejam diferentes, formam uma composição diversa e agradável também tem uma intenção: estimula os participantes no aprendizado do quanto as diferenças entre os seres humanos contribuem para formar uma sociedade mais diversa e igualitária.

Por fim, a integração entre todos os participantes, estimulada pelos tons, cores e demais atividades ofereceu uma experiência de grande valor para todos os beneficiários. Esse foi o mote fundamental para a construção de todo o planejamento e que em breve se transformará num grandioso espetáculo.